Património
Ermida do Senhor do Bonfim

Antigo local de romagem de toda esta região à mais 250 anos... 

É um templo de construção simples, edificado em 1749, composto de uma só nave revestida, até meia parede, por um silhar de azulejos dos finais do século XVIII, com motivos respeitantes à crucificação, bem como alusivos ao Santíssimo Sacramento, encimados por laçadas.
 
O altar-mor é em talha dourada, bem trabalhada. O sacrário está incorpado na talha, o púlpito é também em talha e marmoreado de azul com relevos a ouro.
 
A sacristia é revestida por azulejos de padrão igual aos da nave, sem medalhão. No altar-mor, pintado em azulejo e colocado sobre a pedra está a figura de Cristo, que simboliza o Senhor do Bonfim.
 
A salientar, no interior desta ermida, um belíssimo conjunto de ex-votos, de grande interesse, pois eram ofertas de crentes pelos milagres realizados pelo Senhor do Bonfim. No exterior, o visitante, pode desfrutar do espaço verde envolvente ao parque de merendes e deslumbrar do seu miradouro a extensa paisagem da lezíria ribatejana.

Ermida Nossa Senhora do Pranto
Ornamentada com azulejos dos Séc. XVII e XVIII e talha dourada do Séc. XVIII

Pequena ermida edificada nos finais do século XVII, de estrutura arquitectónica simples é, um dos ex-libris da Chamusca, no seu adro um singelo cruzeiro e um miradouro, que permite observar o Rio Tejo e a lezíria.

É composta pela nave central com a capela-mor, e lateralmente pela capela de S. José e Capela de S. Joaquim ou Capela do Senhor dos Aflitos. Na nave central encontramos azulejos com motivos florais, jarras, pássaros e outros animais do início do século XVIII.

A capela-mor está revestida por dois grandes painéis de azulejo do século XVIII, representando, a “Circuncisão do Menino Jesus” e “ O Menino Jesus entre os Doutores do Templo”.

Na capela de S. José as paredes encontram-se totalmente revestidas por seis painéis de azulejo, que representam passagens da vida de S. José. Por sua vez na Capela de S. Joaquim existe em determinadas zonas das paredes, um silhar de azulejos policromados de motivos em cruz. O altar-mor é revestido a talha dourada e arrecada a imagem de Nossa Senhora do Pranto.


Igreja da Misericórdia
Templo do século XVII. Possui talha dourada e azulejos do século XVIII


Igreja de Nª Srª da Piedade e Sete Dores
Um monumento religioso eregido em meados do século XVIII
Mandada erigir por Manuel Roiz Laranjinha em 1753, que para tal recorreu a esmolas e ao lançamento de um jogo que ficou célebre: “o jogo da laranjinha”. É um templo simples de uma só nave de forma oval. No altar-mor podemos observar uma belíssima imagem estofada e policromada de Nossa Senhora segurando sobre o colo o Senhor morto. O púlpito é de talha dourada, com motivos em concha, possui ainda um lavabo de pedra com alçado, o gradeamento em madeira da varanda do coro é um trabalho artístico elaborado por marceneiros locais.
O exterior é simples, no portal uma pedra quadrangular, de cantos recortados, com uma inscrição votiva, onde se lê o nome do fundador bem como o ano em que a igreja foi aberta ao serviço religioso.
 


Igreja de S. Pedro
Construção do séc. XVII... Possui mármores trabalhados estilo Renascença Italiana.
Mandado erigir em 1681 pelas irmãs Branca Nunes Grandia e Leonor Correia Coutinho é um templo de fachada simples, de uma só nave, com abóbada de berço, o tecto é de caixotões, com pintura policromada. No altar-mor de boa talha dourada do século XVII, pode-se observar uma pintura repre- sentando Nossa Senhora do Ó.
Nas paredes, medalhões de azulejos azuis e brancos, relatam cenas da vida de S. Pedro, sobre um fundo campestre. Na fachada central encontra-se um nicho com a imagem de S. Pedro em pedra, do século XVII. Nesta igreja pode ainda admirar-se uma exposição permanente de paramentos e artigos religiosos.
 


Igreja Matriz (S. Brás)
Igreja Paroquial de S. Brás, conserva ainda o pórtico Manuelino do séc. XVI.
Templo mandado erigir pelo D. João da Silva, segundo donatário da Chamusca e Ulme, é considerado o mais antigo na Chamusca, sendo que, os seus altivos portões foram assim abertos ao culto em meados do séc XVI. Ao longo dos tempos foi sofrendo remodelações e da construção inicial só resta o pórtico “Manuelino”, de volta redonda com um entrançado de pedra assente sobre dois fustes, o portal do lado da epístola e por cima do pórtico o brasão dos Silvas.

Igreja de uma só nave, coberta por um tecto de madeira de três planos e a Capela-Mor de tecto de abóbada de berço com pinturas de motivos florais. A rodear o altar-mor, tem dois altares colaterais e quatro capelas laterais. O altar-mor e os dois colaterais são em talha dourada do século XVII.

Das imagens ali presentes, podemos salientar a do patrono da freguesia da Chamusca - S. Brás, uma escultura em madeira estofada e policromada do século XVII, uma imagem de S. Sebastião de pedra do início do século XVI e a imagem do Senhor Morto, da autoria de Claude Laprade e que foi adquirida pela Irmandade do Santíssimo Sacramento no século XVIII.

Nos altares colaterais existem pinturas sobre tábua, uma figurando o Baptismo, datada do princípio do século XVII e uma outra representando uma Visão de S. Pedro. No pavimento da capela-mor está a lápide de jazida de D. João da Silva e de sua mulher D. Joana Henriques.
A Técnica Sup. de História, Ana Paula Ribeiro

 

Agradecimentos à Câmara Municipal da Chamusca, pela disponibilização de conteúdos: www.cm-chamusca.pt/
Especial agradecimento à Drª Ana Paula Ribeiro